Desafios logísticos para e-commerce

Desafios logísticos para e-commerce

A evolução do E-commerce no mundo foi impulsionada em 1990 com o lançamento do primeiro buscador da web, o WorldWideWeb. Ele trouxe a simplicidade e acessibilidade para a navegação na internet. Nesse contexto, em 1995 foram fundadas as gigantes Amazon e eBay.

No Brasil, os negócios iniciaram na década de 90 com grandes redes de varejo através de modelos offline. Em 1995 foi liberado pelo Ministério das Comunicações o uso da internet para fins comerciais e a partir daí pequenos e médios varejistas também passaram a integrar o comércio físico com o virtual.

A Logística, no início do e-commerce nacional, trabalhava de forma compartilhada com as operações das lojas devido à baixa demanda. Nesta época ainda havia muita incerteza por parte dos varejistas.

Os clientes questionavam a segurança, enfrentavam desafios com a Logística Reversa principalmente pela falta de regulamentação (havia pouca jurisprudência). Em datas sazonais, como o Natal, era possível encontrar operações colapsadas, com rupturas expressivas e lead time de entrega acima de dois dígitos.

Com o crescimento contínuo das vendas a Logística continuava sendo exigida e vivia em um cenário de constante mudança. Grandes varejistas deram o primeiro passo e criaram áreas exclusivas e dedicadas para o tratamento das operações de e-commerce devido ao novo perfil de consumo, ganhar credibilidade ainda era um fator preponderante.

Segundo o Ebit a evolução do faturamento no e-commerce brasileiro nos últimos anos foi crescente:

  • 2011: R$ 18,7 bilhões (crescimento de 26%)
  • 2012: R$ 22,5 bilhões (20%)
  • 2013: R$ 28,8 bilhões (28%)
  • 2014: R$ 35,8 bilhões (24%)
  • 2015: R$ 41,3 bilhões (15%)
  • 2016: R$ 44,4 bilhões (7%)
  • 2017: R$ 47,7 bilhões (8%)

Hoje em dia, apesar de toda a evolução tecnológica, sabemos que o produto físico não pode ser despachado através da rede. Portanto, a Logística ainda é determinante para o sucesso ou fracasso das empresas que trabalham com o e-commerce B2C.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico não houve variação no tipo de Armazenagem utilizado, a maior parte das lojas virtuais ainda preferem fazer a própria logística devido ao custo mais baixo e maior controle sobre as operações. Contudo uma vantagem das empresas com armazenagem terceirizada é conseguir operar a partir de outros estados com menos complicações na partilha do ICMS.

Dados da mesma pesquisa informam que o maior responsável pelos custos logísticos no e-commerce é o Frete:

Práticas recentes estão quebrando modelos tradicionais pois buscam soluções economicamente mais viáveis do ponto de vista Logístico referente a questão Frete, como por exemplo:

  • Lockers: pontos de retirada e devolução de produtos adquiridos no e-commerce;
  • Pick up Point: trata-se da retirada na loja física de uma mercadoria comprada pela internet (experiência de compra omnichannel).

Hoje em dia algumas premissas ainda se fazem presente para propiciar um ambiente saudável e de desenvolvimento na Logística voltada para e-commerce:

  1. Tenha um processo logístico informatizado: é necessário um sistema por traz de uma operação logística capas de proporcionar rastreabilidade, controlar entradas e saídas com precisão. Seu cliente está on-line, 24hs por dia e 7 dias por semana, ele quer informação todo tempo;
  2. Possua um cadastro completo dos produtos: trabalhar pela internet requer uma competência maior com as informações que são publicadas. Inclusive a Logística pode se beneficiar através da produção de indicadores, por exemplo, com os dados de cubagem de um produto e as movimentações é possível determinar capacidade dos veículos, equipamentos, áreas de trabalho e muito mais;
  3. Compreenda o comportamento da sua demanda: é preciso estar com a Logística preparada para as sazonalidades (ex. Black Friday) pois é imprescindível um estoque balanceado;
  4. Entenda os aspectos Legais e restrições que norteiam seu ramo de atividade: a Logística precisa trabalhar de forma lícita. Lembre-se de criar uma Política de Trocas para garantir um bom relacionamento com o consumidor. Para isso é importante entender as condições comerciais de seus fornecedores;
  5. Trabalhe com indicadores de performance operacional em cada etapa Logística: através deles é possível construir programas de melhoria contínua eficazes na obtenção de diferencial competitivo. Sua responsabilidade com o pedido só termina quando o produto estiver em posse do cliente, no lugar certo e na hora acordada;
  6. Facilite a Logística quando possível: existem práticas que podem favorecer o processo e trazer economia para o negócio, por exemplo, comprar no site e retirar na loja, trabalhar com estoque consignado junto aos fornecedores, terceirizar a entrega de produtos e até mesmo a operação inteira;
  7. Trabalhe com o menor prazo de entrega possível: é necessário compreender a relação custo benefício quando comparamos a capacidade do veículo versus a mobilidade de entrega. Capitais como São Paulo existem restrições quanto a circulação de veículos que precisam ser respeitados. Outro fator preponderante para esta análise é a tipologia do seu pedido, quais características estão impactando de forma significativa no seu modelo de transporte?
  8. As pessoas são parte importante do processo: crie engajamento e treine-as constantemente;

No e-commerce tudo está ligado a expectativa do cliente, mas principalmente porque seu concorrente está a 1 clique de distância de você. Portanto o que fará a diferença do seu negócio além do preço da mercadoria são seus diferenciais logísticos:

Qual seu prazo de entrega?

Qual o valor frete?

Qual seu índice de ruptura no site?

É possível trocar ou devolver? Como é o processo?

É possível acompanhar a trajetória do pedido?

Meu preço é competitivo? Qual é o impacto do custo logístico no valor dos produtos?

O e-commerce brasileiro deve crescer em 2018 15% em relação ao mesmo período do ano passado, a previsão é de R$ 69 bilhões de faturamento segundo os dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. A Logística é a “máquina motriz” para esta constante evolução e seu desenvolvimento estabelece uma relação clara com o crescimento do negócio.

Após 28 anos de evolução no Brasil ainda encontramos parte significativa das empresas fora do comércio eletrônico. Neste cenário as consultorias são de grande valia pois ajudam a encurtar o caminho e colaboram na transição. Para nós é uma questão de longevidade, futuro dos negócios, sobrevivência.

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